Continuando o assunto do artigo anterior, vamos falar sobre os KPIs – Indicadores-Chave de Performance. Os KPIs para UX nos fornecem insights de facilidade de uso, eficiência, eficácia e satisfação, e nos ajudam a identificar problemas e a fazer as devidas correções rapidamente.
Neste artigo curto, irei pincelar sobre alguns KPIs importantes para que consigamos medir nossos designs.
1. Usabilidade
As métricas relacionadas a usabilidade devem focar no quão fácil é realizar uma tarefa e devem permitir identificar a taxa de sucesso e facilidade de uso. Também, podemos incluir métricas mais específicas como reconhecimento de ícones, navegação em menus, momentos de confusão, hesitação e por aí vai.
2. Engajamento
Medir o engajamento é importante. Certo, não é uma tarefa tão fácil. De todo modo, é muito útil para entender o quanto as pessoas interagem com o produto, a quantidade de atenção dada ao produto, quanto tempo as pessoas gastam em um fluxo de trabalho e se esses usuários se sentem bem ao utilizar o produto.
3. Conversão
Quando digo converter, eu me refiro à capacidade de converter um usuário visitante ou interessado em um cliente de verdade, que paga pelo serviço ou produto. As métricas de conversão nos ajudam a identificar tendências e, principalmente, a projetar novas soluções para que o produto seja mais assertivo no que diz respeito às necessidades dos seus usuários.
Geralmente, é a métrica principal das empresas, porém, sua análise deve ser feita em conjunto com outras métricas para que seja possível identificar o “porque”.
4. Taxa de sucesso da tarefa
Também conhecida como taxa de conclusão da tarefa, esta taxa é a porcentagem de tarefas corretamente completadas pelos usuários. É provavelmente uma das métricas de desempenho mais usadas e que reflete o quão efetivamente os usuários são capazes de fazer as atividades que eles precisam fazer. Quando uma tarefa tem um objetivo claramente definido, como preencher um formulário ou comprar um determinado produto, conseguimos medir a taxa de sucesso.
Portanto, antes de coletar os dados, é importante definirmos exatamente o que significa sucesso para o seu produto (por exemplo, finalizar a compra). Mesmo que esse tipo de métrica não detalhe os motivos que levaram à falha, é uma forma de identificar que existem problemas em determinadas tarefas.
Quanto maior for a taxa de sucesso da tarefa, melhor. Significa que os usuários estão conseguindo fazer o que precisam.
5. Tempo de realização de uma tarefa
A métrica de tempo de realização de uma tarefa, como o nome já diz, é basicamente a quantidade de tempo que o usuário leva para completar uma tarefa, e pode ser expressa em minutos ou segundos. Em geral, é apresentado o tempo médio gasto em cada tarefa.
Geralmente, quanto menor o tempo gasto na tarefa, melhor é a experiência do usuário. E, para usar esta métrica de forma adequada, é necessário medir, ajustar e medir de novo, depois que os ajustes foram implementados. Assim, é possível acompanhar a efetividade das melhorias através da comparação em relação os tempos gastos para completar as tarefas.
6. Uso da Busca e Navegação
A métrica de uso da busca e navegação é uma métrica importante para avaliar a eficiência da arquitetura de informação e da navegação, principalmente em lojas virtuais ou sites que possuam grande quantidade de conteúdo.
Normalmente, quando os usuários tentam encontrar algo através da navegação, e ficam perdidos, recorrem à ferramenta de busca. Mas, claro, sabemos que muitos usuários vão diretamente na caixa de busca sem usar a navegação, e isso não é um sinal de um problema na interface. É apenas um dado de que determinada porcentagem de usuários que prefere usar o campo de busca em vez de navegar.
A questão é: se entre os usuários que usam a navegação, muitos recorrem à busca após clicar em alguns itens de menu ou links, isso sim é um sinal de que algo não está funcionando bem na arquitetura de informação.
Conclusão
Trabalhar com métricas em UX Design é algo fundamental e nos ajudam a projetarmos produtos que sejam úteis para os usuários, de fato.
Se você estiver medindo a coisa certa, pode conseguir ter um produto realmente bom, porque terá uma solução com foco nos usuários reais.
Referência: Ju Du Vale