A análise de tarefas é uma das ferramentas que você pode usar durante a fase de definição do processo do UX Design.

O entregável mais frequente de uma análise de tarefas é um diagrama que explica as etapas que um usuário deve realizar para alcançar um certo objetivo.

Nesse diagrama, podemos descrever as ações tomadas pelos usuários (ou algum sistema) para ajudá-los a atingir seus objetivos. Então, após ter visualizado todas as etapas necessárias, você conseguirá ver em quais partes são necessárias melhorias. Por exemplo, você poderia automatizar algumas ações que o usuário precisa realizar, ou até eliminar etapas desnecessárias.

A análise de tarefas pode ser útil útil para o entendimento de algumas coisas, como:

  • Quais são os objetivos dos seus usuários e o que eles estão tentando alcançar;
  • Quais são os passos que seus usuários realizam atualmente para alcançar seus objetivos, o que é útil para ver como eles seguem as instruções ou criam maneiras de contornar problemas nas práticas atuais;
  • Qual é a influência do ambiente físico nos usuários ao tentar atingir uma meta.

Um entendimento claro dos fatores acima irá ajudá-lo a definir e enquadrar os problemas dos usuários, para que você possa criar maneiras de ajudar a melhorar a experiência de uso.

Preparando-se para conduzir um processo de análise de tarefas

A análise de tarefas é uma atividade que pode ser baseada em quatro princípios fundamentais:

  • É uma parte integrante de uma análise mais ampla, que inclui a compreensão dos usuários e seus ambientes;
  • A análise de tarefas inclui entender os objetivos dos usuários;
  • Embora o foco, os métodos e a apresentação das informações possam ser diferentes em momentos diferentes, a análise de tarefas é relevante em todos as etapas do processo de design;
  • A análise de tarefas para um determinado projeto depende de muitos fatores.

Quebrando esses princípios, você irá notar que os dois primeiros defendem uma compreensão profunda dos usuários, seus ambientes e seus objetivos.

Como a metodologia do Design Thinking produz resultados durante cada etapa, é natural esperar que a análise de tarefas seja um processo que precisa ser informado pelos resultados da etapa anterior, ou seja, ter empatia com seus usuários.

Durante essa etapa, você já pode ter feito entrevistas com o usuário ou coletado dados, observando como seus usuários passam o dia a dia, a fim de compreendê-los melhor e criar empatia com eles.

Em poucas palavras, você já terá envolvido em alguma pesquisa de usuário, o que pode resultar em vários entregáveis, como personas, cenários e storyboards. Todos esses dados são essenciais para a análise de tarefas, pois você baseará seu trabalho de acordo com esse material.

Claro, apenas coletar dados durante a pesquisa do usuário está longe de ser suficiente. Se você planeja usar a análise de tarefas – ou muitas das outras ferramentas em um conjunto de habilidades do designer de experiência de usuário, como mapas de jornadas do cliente – sua coleta de dados deve ser focada.

Podemos dizer que a pesquisa com usuário deve se concentrar em coletar os cinco tipos de dados a seguir, que serão usados posteriormente durante a fase de análise de tarefas:

  • Gatilho: o que solicita que os usuários comecem sua tarefa?
  • Resultado desejado: como os usuários irão saber quando a tarefa estiver concluída?
  • Conhecimento base: o que os usuários deverão saber ao iniciar a tarefa?
  • Conhecimento necessário: o que os usuários realmente precisam saber para concluir a tarefa?
  • Artefatos: Quais ferramentas ou informações os usuários utilizam no decorrer da tarefa?

Conclusão

A análise de tarefas é uma das ferramentas mais poderosas no conjunto de habilidades de um designer de experiência do usuário.

Não é difícil saber como fazer isso. No entanto, a parte mais complexa é lembrar-se de manter a perspectiva do usuário e resistir à tentação de gerar suas próprias interpretações do problema.

Tenha sempre uma coisa em mente: a análise de tarefas é inútil quando não é respaldada por pesquisas rigorosas de usuários. Sem os dados de pesquisa do usuário, qualquer esforço para continuar com a análise de tarefas ficará cego e resultará em falha, porque você estará capturando principalmente o que acha que o problema envolve, em vez de quais são as necessidades reais dos usuários.

É importante também lembrar que a análise de tarefas não é um processo único. Você pode repeti-lo em seus próprios projetos mais adiante no processo, já que o Design Thinking é um processo iterativo que eventualmente o levará de volta à etapa de “definição” em algum momento.

Por fim, lembre-se de que, como qualquer outra atividade em design de experiência do usuário, a análise de tarefas requer tempo, recursos, pessoas e orçamento. Certifique-se de equilibrar esses requisitos cuidadosamente e participar do processo somente se você tiver uma quantidade suficiente de todos.

Texto adaptado de Interaction Design Foundation.